segunda-feira, 22 de abril de 2024

Gil e Mael - Moto Club no Campeonato Brasileiro da Série B em 1996

Belo registro da dupla Gil e Mael, que jogou muito pelo Moto Club no Campeonato Brasileiro da Série B em 1996. Na ocasião, o Moto ficou em oitavo lugar na competição, eliminando no mata mata o Santa Cruz dentro de Recife e caindo na última fase para o América de Natal.

Briga, expulsão e confusão no jogo Maranhão 0x2 Fluminense/RJ (1946)

Na década de 1940, o Fluminense do Rio de Janeiro esteve em uma grande excursão pelo Norte e Nordeste do Brasil, passando por algumas grandes capitais, inclusive São Luís. Em nossa cidade no mês de Fevereiro de 1946, o Tricolor carioca realizaria duas exibições, diante dos outros grandes da nossa capital - Moto e Maranhão. A equipe carioca, que retornava a São Luís após breve passagem por Belém, onde havia goleado o Clube do Remo por 4 a 0, também goleou o Sampaio Corrêa, no dia 31 de Janeiro, pelo placar de 7 a 1, em jogo no Santa Izabel.

A equipe visitante chegou a nossa capital com grande cartaz, sobretudo pelo forte elenco na ocasião e pelo treinador Gentil Cardoso. A Mercearia São Luís, por exemplo, colocou em exposição em uma das vitrines da Rianil, uma garrafa de champanhe clássico Michielon, destinada ao jogador que conseguisse vencer a meta do goleiro Batatais, estreante em jogos na capital maranhense. O Fluminense trouxe para a sua excursão o seu ex-atleta amador Hélvio Furtado como árbitro.

Após golear o Moto Club pelo placar de 6 a 4, diante de 4 mil torcedores que acompanharam a partida no campo do Santa Izabel, o Fluminense encerraria a sua estadia pela nossa capital enfrentando o MAC no dia 07 de Fevereiro. E assim perfilaram as duas equipes para a partida, apitada pelo desportista Jaime Pires Leal: o Maranhão atuou com Rui; Expedito e Cosmo; Batistão, Vicente e Merci; Galego, Inaldo, Pepe, Moura e Nezinho; o Fluminense mandou a campo Batatais; Afonsinho e Haroldo; Vicentini, Pascoal e Bigode; Pinhegas, Orlando, Geraldino, Nandinho e Murilinho. Antes da partida, a Madrinha do Maranhão Atlético Clube ofertou um lindo buquê de flores ao Presidente do Fluminense e o Comandante do 24º Batalhão de Caçadores, Major Celso Freitas, fez a entrega ao Presidente do Maranhão, Tenente Argemiro Gameiro, de uma linda flâmula do Tricolor do Rio de Janeiro.

A partida seguia normalmente até os 42 minutos da etapa inicial, com a vitória do Tricolor carioca pelo placar de 1 a 0, quando uma verdadeira sessão de pancadaria se iniciou. O pernambucano Orlando, após receber uma involuntária agressão do centroavante Vicente, passou a provocar a desordem em campo. Queria brigar com qualquer um que estivesse a sua frente. E a situação piorou quando o árbitro expulsou, por engano, o jogador Bigode. Insatisfeito com a expulsão, Orlando saiu da sua posição de atacante para desafiar o ponta-esquerda Nezinho, do MAC, e dirigir palavras agressivas aos demais atletas. Seguiu-se, então, uma verdadeira batalha campal: estava disposto a bater-se com tôda aquela multidão que se comprimia no Estádio Santa Isabel. Esse seu jeito foi satisfeito quando o jogador atleticano respondeu com um sôco em Orlando. O craque de Recife avançou com uma fúria leonina sobre Nezinho e o agrediu a ponta-pés. O jogador alagoano revidou as ‘amabilidades’, mas Vicentini atacou-o pelas costas. Ai o tempo fechou, feio e forte.

Todos os jogadores do Fluminense e do Maranhão começaram a se engalfinhar em campo. As pessoas ocupantes das cadeiras na pista entraram no gramado e começaram a brigar também. A torcida da geral começou a invadir o campo. A polícia entrou em ação, mas sem resultado. Foi pedida a cooperação da força Federal. A partida ficou paralisada durante 50 minutos e a muito custo a situação foi normalizada, graças à intervenção do Exército, Polícia, Guarda-Civil e investigadores. O placar, porém, manteve-se: 2 a 0 em favor do Fluminense.

FICHA DO JOGO

Maranhão 0x2 Fluminense/RJ
Local:
Estádio Santa Izabel
Juiz: Jaime Pires Neves
Gols: Pinhegas e Geraldinho
Maranhão: Rui; Expedito e Cosmo; Batistão, Vicente e Merci; Galego, Inaldo, Pepe, Moura e Nezinho.
Fluminense/RJ: Batatais; Afonsinho e Haroldo; Vicentini, Pascoal e Bigode; Pinhegas, Orlando, Geraldino, Nandinho e Murilinho.

domingo, 21 de abril de 2024

Sampaio Corrêa x Fluminense/RJ - HISTÓRICO DOS CONFRONTOS

Sampaio Corrêa e Fluminense se enfrentarão pela terceira fase da Copa do Brasil de 2024. Será a segunda vez que as equipes se encontrarão na competição. Veja o histórico de jogos entre os tricolores:

    SAMPAIO CORRÊA 1x7 FLUMINENSE/RS (AMISTOSO)

31.01.1946 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 1x4 FLUMINENSE/RS (AMISTOSO)

23.12.1948 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 1x3 FLUMINENSE/RS (AMISTOSO)

19.01.1958 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 1x5 FLUMINENSE/RS (AMISTOSO)

02.07.1959 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 3X1 FLUMINENSE/RJ (CAMPEONATO BRASILEIRO)

20.03.1974 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 0X0 FLUMINENSE/RJ (CAMPEONATO BRASILEIRO)

10.09.1986 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 2X1 FLUMINENSE/RJ (COPA DO BRASIL)

06.02.2002 (SÃO LUIS/MA)


    SAMPAIO CORRÊA 1X5 FLUMINENSE/RJ (COPA DO BRASIL)

20.02.2002 (RIO DE JANEIRO/RJ)

Jogo amistoso entre Sampaio e Fluminense no Estádio Santa Izabel, em 1948

Jogo entre Sampaio e Fluminense no Estádio Nhozinho Santos em 1974, pelo Campeonato Brasileiro

Jogo entre Sampaio e Fluminense no Estádio Nhozinho Santos em 1974, pelo Campeonato Brasileiro

Jogo entre Sampaio e Fluminense no Estádio Nhozinho Santos em 1974, pelo Campeonato Brasileiro

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Moto Club x Auto Esporte/PI - Campeonato Brasileiro 1984 [VÍDEOS]

Auto Esporte-PI 4x2 Moto Club (Campeonato Brasileiro Série A 1984) 

Moto Club 0x1 Auto Esporte-PI (Campeonato Brasileiro Série A 1984)

Sampaio Corrêa 1x1 Campinense - final do Brasileirinho de 1972 - FOTO

 Dois registros raros do jogo final do Campeonato Brasileiro da Série B de 1972 entre Sampaio Corrêa e Campinense da Paraíba, no Estádio Municipal Nhozinho Santos


sábado, 13 de abril de 2024

Sampaio Corrêa x Vasco da Gama - Copa do Brasil 1993 [VÍDEOS + SÚMULAS]

SAMPAIO CORRÊA 0X3 VASCO DA GAMA/RJ - JOGO DE IDA

 

 FICHA DO JOGO
 
Sampaio Corrêa 0x3 Vasco da Gama/RJ - 09/03/1993
Loca:
Estádio Castelão
Renda: não divulgada
Público: 34.283 pagantes
Juiz: Lineu Lisboa/PI
Bandeirinhas: Valdir Lima Vieira e José Steifell Araújo/PI
Gols: Carlos Alberto Dias, Bismarck e Valdir
Sampaio Corrêa: Juca Baleia; Luís Carlos, Toninho, Nenê e Catita; Zé Carlos, Júlio César e Junior; Baroninho (Carlos Alberto), Izone e Mazzolinha. Técnico: Meinha
Vasco da Gama/RJ: Carlos Germano; Pimentel, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Luisinho, Carlos Alberto Dias (Leonardo) e Bismarck; Valdir, Leandro e William (Geovane). Técnico: Joel Santana
 
VASCO DA GAMA 2X1 SAMPAIO CORRÊA - JOGO DE VOLTA
 
 
FICHA DO JOGO

Vasco da Gama/RJ 2x1 Sampaio Corrêa - 19/03/1993
Local:
Estádio São Januário
Juiz: indisponível
Gols: Leonardo e França (Vasco) e Leonildo (Sampaio Corrêa)
Cartão amarelo: Juca Baleia, Neném, Zé Carlos e Toninho.
Expulsões: Ivanildo e Geovani
Vasco da Gama/RJ: Márcio; Alê, Alex Oliveira, Ronald, Pimentel e Bruno Lima; Vitor, Geovani e Luizinho (Bismarck); França e Leonardo. Técnico: Joel Santana
Sampaio Corrêa: Juca Baleia; Jorge Antonio, Neném, Catita, Bernardino e Ivanildo; Zé Carlos, Mazolinha (Leonildo); Júlio César, Júnior Amorim e Izone (Toninho). Técnico: Meinha

Nilton Santos, bicampeão mundial, veste a camisa do MAC (1969)

Texto extraído do livro "Salve Salve Meu Bode Gregório: a História do Maranhão Atlético Clube"

Ele foi chamado de "A Enciclopédia" por causa dos conhecimentos sobre o futebol e por ser completo como jogador. Foi o precursor em arriscar subidas ao ataque através da lateral do campo. Revolucionou a posição de lateral-esquerdo, utilizando-se de sua versatilidade ao defender e atacar, inclusive marcando gols, numa época do futebol em que apenas tinha a função defensiva. Nilton Santos era um jogador à frente de sua época. Ao contrário dos zagueiros contemporâneos, gostava de ir ao ataque. Na Copa do Mundo de 1958, no jogo contra a Áustria, levou uma bronca do técnico Vicente Feola por ter passado do meio de campo. Ele fez mais. Tabelou com Mazzola e, na saída do goleiro, tocou com classe para fazer o segundo gol do Brasil.

Considerado com o melhor lateral-esquerdo da história, Nilton Santos defendeu apenas três times, o Botafogo, a Seleção Carioca e a Seleção Brasileira; porém, mesmo tendo atuado somente no Fogão, o ex-lateral era adorado por todo o país. Com o clube alvinegro, disputou 718 jogos e venceu por quatro oportunidades o Campeonato Carioca, nos anos de 1948, 1957, 1961 e 1962 e por duas vezes o Torneio Rio-São Paulo, em 1962 e 1964. Defendendo a Seleção Brasileira, o craque esteve presente nas Copas de 1950, 1954, 1958 e 1962, sagrando-se bicampeão, tendo disputado ao todo 84 partidas pelo Brasil e marcado três gols.

Em Junho de 1969, novamente o torcedor maranhense viria de perto um craque campeão mundial pela Seleção Brasileira. Dois anos antes, em 05 de Novembro de 1967, o Rei Pelé, atuando ainda pelo Santos, realizou um amistoso contra a Seleção Maranhense no Municipal. Na época, Pelé, já consagrado nos gramados, foi recebido no Palácio dos Leões pelo então Governador do Maranhão, José Sarney, que chegou a afirmar: “Vim ver o Santos jogar e vi a Seleção Maranhense”. O Rei do futebol ainda recebeu da FMF um Jubileu de Ouro, troféu em homenagem aos serviços prestados ao futebol nacional. A nossa Seleção perdeu o jogo pelo placar de 1 a 0, com a seguinte formação: Manguito; Paulo (Nivaldo), Alzimar, Alvim da Guia e Corrêa; Nélio (Carlos Alberto) e Barrão (Santana); Garrinchinha, Isaac, Cândido (Américo) e Pelezinho.

A vinda de Nilton Santos a São Luís foi uma promoção do então Diretor de Futebol, dr. Antônio Bento Cantanhede Farias. Além da “Enciclopédia”, Bento confirmou ainda a vinda de Foguete, jogador do Flamengo do Rio de Janeiro e na época preterido por diversos clubes. Junto a Nilton Santos, disputaria uma partida amistosa com a camisa do Maranhão diante do Moto Club, no Municipal. O dirigente ainda tentou confirmar a vinda do atacante Vavá, bicampeão mundial para o amistoso. Porém, em virtude de uma pancada no joelho no jogo diante da Portuguesa, o “Leão da Copa” desembarcaria em nossa capital apenas um mês depois, para envergar a camisa do Sampaio Corrêa em jogo amistoso diante do MAC.

Nilton Santos e Foguete receberam um cachê de Cr$ 2 mil, livres de despesas, pela apresentação. O Moto recebeu uma cota de Cr$ 1 mil novos e o Maranhão teve participação na renda da partida. Viajando pelo CD-6 da Vasp, os dois atletas desembarcaram às 16 horas no Aeroporto do Tirirical, na véspera do jogo amistoso, e ficaram hospedados no Hotel Central. Os patrocinadores da vinda dos famosos jogadores à nossa capital programaram, à noite, um coquetel, do qual também participou parte da imprensa local.

Na tarde do dia 05 de Junho de 1969, o Estádio Nhozinho Santos recebeu um excelente público para acompanhar o lateral-esquerdo envergar a camisa do Maranhão. Sob o comando do estreante treinador Rinaldi Maia, o MAC entrou a campo com Da Silva; Baezinho, Smith, Nilton Santos e Elias; Yomar e Toca; Ribamar, Hamilton, Foguete e Dario. O Papão, comandado por Sávio Ferreira, perfilou com Renê; Paulo, Alzimar, Ziza e Corrêa; João Bala e Santana; Djalma, China, Pelezinho e Ribamar. Embora se reforçando com as duas grandes estrelas, o Maranhão não conseguiu suplantar o poderio do Moto, que venceu com relativa facilidade pelo placar de 3 a 1, de virada. Nilton Santos voltou a demonstrar a indiscutível categoria que o fez conhecido nos gramados mundo afora pela nossa seleção. 

Aproveitando os lançamentos de Foguete, o MAC iniciou a partida com superioridade, explorando a velocidade de Hamilton, que caia pela ponta-esquerda, levando perigo à defesa rubro-negra. O Maranhão abriu a contagem aos 15 minutos, por intermédio de Dario, após boa jogada de Foguete. Pelezinho, pegando o rebote após falha de Nilton Santos, empatou aos 38 do primeiro tempo e Djalma desempatou aos 44 minutos. Na fase final, o Moto fechou a contagem em 3 a 1, após subida de Pelezinho pela esquerda, que tocou para Baezinho chutar contra o gol de Da Silva, que espalmou e deixou a bola livre para China, estreante com a camisa rubro-negra, fechar o marcador. Após o jogo, Nilton confidenciou a algumas pessoas que estava admirado pelo fato de Kelé, que havia passado pelo Botafogo, ter jogado no futebol maranhense. Kelé, usuário de droga, veio tentar a sorte no Maranhão, após final de carreira.

Ainda em 1969, São Luís receberia a visita de mais dos grandes gênios da bola: Vavá e Garrincha, bicampeões mundiais pela Seleção Brasileira. No dia 06 de Julho, o “Leão da Copa” vestiu a camisa do Sampaio Corrêa no empate em jogo amistoso diante do Maranhão por 2 a 2. O “Gênio das pernas tortas”, por sua vez, desembarcou em nossa capital no dia 15 de Novembro, em partida amistosa contra o Maranhão, que acabou empatada em 1 a 1. 

Nilton Santos morreu às 15h50 do dia 27 de Novembro de 2013, aos 88 anos, na Fundação Bela Lopes, em Botafogo, Zona Sul do Rio, vítima de uma infecção pulmonar. O quadro foi agravado por uma insuficiência cardíaca grave. O ex-craque também sofria de Alzheimer. Nilton Santos deixou um legado de fãs pelo Brasil e exterior, encantados com a sua genialidade dentro dos gramados. Restava à torcida atleticana, contudo, ter a primazia de ver o craque, durante apenas 90 minutos, ostentar a camisa Quadricolor. Uma honra para poucos.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Sampaio Corrêa x Corinthians - Copa do Brasil 1989 [VÍDEOS + FICHAS]

 FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 3x2 Corinthians/SP - JOGO DE IDA
Local:
Estádio Castelão
Data: 19 de julho de 1989
Juiz: Nei Andrade Nunesmaia
Público: 11.450 pagantes
Renda: Cr$ 32.112,00
Gols: Orlando, Ademir e Edmílson (Sampaio Corrêa); Viola, Dicão (Corinthians)
Sampaio Corrêa: Tonho; Luis Carlos, Douglas, Papinha, Chiquinho, Zé Carlos (Rosclin), Orlando, Raimundinho, Ademir, Lela (Da Costa) e Edmílson. Técnico: Ivan Gradim
Corinthians/SP: Ronaldo Giovanelli; Giba, Marcelo, Dama, Denys, Márcio, Barbiéri (Rizza), Wilson Mano, Marcos Roberto (Dicão), Viola e Mauro. Técnico: Palhinha

 FICHA DO JOGO

Corinthians/SP 1x0 Sampaio Corrêa
Local
: Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu)
Data: 23 de julho de 1989
Juiz: Paulo Roberto Chaves
Público: 19.432 pagantes
Renda: Cr$ 110.240,00
Gol: Fabinho
Corinthians/SP: Ronaldo Giovanelli; Wilson Mano, Marcelo, Dama, Denys, Márcio, Eduardo, Neto (Rizza), Fabinho, Viola e Mauro (Pinella). Técnico: Palhinha
Sampaio Corrêa: Tonho; Luís Carlos, Douglas (Ivanildo), Papinha, Chiquinho, Zé Carlos, Orlando, Raimundinho, Ademir, Lela (Da Costa) e Edmílson. Técnico: Ivan Grandim

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Maranhão 1x1 Grêmio/RS - Campeonato Brasileiro Série A 1980 [FOTOS, FICHA E VÍDEO]




 FICHA DO JOGO

Maranhão 1x1 Grêmio/RS
Data:
16 de março de 1980
Local: Nhozinho Santos
Juiz: Edson Massa/SP
Renda: não divulgada
Público: 16.616 pagantes
Gols: Antonio Carlos (pênalti) aos 20 e Baltazar aos 35 minutos do segundo tempo
Maranhão: Veludo, Mendes, Paulo Fraga, Jorge Santos e Antonio Carlos; Tataco, Juarez e Naldo; Dejaro (Neco), Riba e Serginho. Técnico: José Santos
Grêmio/RS: Remi, Eurico, Anchetta, Vantuir e Dirceu; Victor Hugo, Balduino e Paulo Izidoro, Tarciso, Baltazar e Jessum. Técnico: Oberdan

Créditos: Instagram "Curiando e Historiando"

sábado, 30 de março de 2024

Dona Sebastiana, um caso de amor com o Maranhão [TEXTO E VÍDEOS]

Texto extraído do livro "Salve, Salve, Meu Bode Gregório: a História do Maranhão Atlético Clube:

Quando o Maranhão Atlético Clube nasceu, em Setembro de 1933, poucos meses depois nascia também uma mulher que se tornaria não somente apenas mais uma dentre tantas outras na torcida pelo Glorioso, mas sim uma torcedora especial. A vida de dona Sebastiana mistura-se às vezes com a própria história do Quadricolor. Filha de uma numerosa família, aprendeu desde cedo a amar e respeitar as cores do clube a qual se mantém fiel. Faça chuva ou faça sol, lá está ela, presente em todos os jogos do clube na capital e, vez ou outra, pelo interior do Estado. Mesmo aposentada e, claro, gozando do privilégio da meia-entrada, faz questão de pagar o valor integral do bilhete. “É para ajudar o clube”, justifica-se. Essa é a história de amor que nasceu há mais de 60 anos entre Dona Sebastiana, a torcedora símbolo que virou uma referência nas arquibancadas, e o Maranhão.

Sebastiana Costa Leite Dias nasceu no dia 20 de Janeiro de 1933, na cidade de São Vicente Ferrer, a 280 quilômetros de São Luís e localizada na região conhecida como Baixada Ocidental Maranhense. E foi ainda na juventude que nasceu a sua militância pelo clube atleticano. Por influência do seu filho, Raimundo de Jesus, maqueano desde criança, dona Sebastiana passou a nutrir um sentimento de amor pelas cores atleticanas, no já distante ano de 1954. Casada e mãe de oito filhos, começou a assistir a todos os jogos e acompanhar a vida do clube no momento em que a sua família passou a residir em nossa capital. Morando há mais de 40 no mesmo local, o Bairro de Fátima, dona Sebastiana, carinhosamente conhecida como dona Sebá e respeitadíssima por bolivianos e motenses, não perde um único jogo. “Somente se eu estiver doente”, conta. E a sua militância não se resume apenas às arquibancadas. Frequentemente é vista pela sede social do clube e participa de festas e momentos especiais do clube. Em 1993, ela foi homenageada pela diretoria após o titulo Estadual, além de inúmeras outras homenagens posteriores do próprio clube.

Assumidamente fã do goleiro Raimundão, o qual o trata como um filho, dona Sebastiana já fez verdadeiras loucuras pelo Maranhão: além de acender velas pelas vitórias da equipe, deslocou-se a diversos interiores com as torcidas organizadas para acompanhar os jogos. E perdeu a conta do número de cidades que já visitou – “Cajapió, Bacabal, Imperatriz, Viana, Caxias e outras”, recorda. É em casa, porém, que a torcedora símbolo do MAC revela um verdadeiro acervo de souvenir. Coleciona camisas, bandeiras, quadros, pôsteres, álbum de fotos e até um carneirinho e um pinguim devidamente uniformizados com as cores do Maranhão. Os oito filhos lhe renderam 14 netos e 4 bisnetos. A exceção de apenas um neto, boliviano, todo o restante da sua família é maqueana.

Nas arquibancadas, a calma, o bom humor e a serenidade dão lugar a uma torcedora vibrante, firme e que constantemente profere um verdadeiro vocabulário de palavrões contra os adversários. Trata todos os atletas maqueanos como filhos e, até mesmo nas derrotas, nunca perde o bom humor. Um verdadeiro exemplo para as antigas e, principalmente, novas gerações. 

Dona Sebastiana, torcedora símbolo do Maranhão Atlético Clube (parte 01)

 Dona Sebastiana, torcedora símbolo do Maranhão Atlético Clube (parte 02)