quarta-feira, 25 de julho de 2012

Galego, um defensor que fazia ‘miséria’ no Papão


Em uma ocasião, o Santa Cruz de Recife esteve em excursão pela nossa capital. Diante do Sampaio Corrêa, o clube pernambucano quase não apresentava reservas em seu elenco e, como conseqüência, tornava-se difícil a escalação da equipe. Até o cozinheiro’ de bordo do navio que trouxe a delegação a São Luis foi improvisado na ala esquerda. “Porém, com dois endiabrados valores na porta esquerda, o ‘Mestre Cuca’ era obrigado a aparecer e fazer ‘miséria’ no gramado”. Tratava-se de Galego, que continuou a atuar pelo Tricolor pernambucano e acabou em São Luis, jogando pelo Moto Club. Na capital maranhense, porém, Galego não teve um excelente aproveitamento, pois os defensores sabem perfeitamente onde estava a ‘ferida’ do craque motense e impediam as suas avançadas.


Galego é natural de Belém, onde nasceu a 26 de Julho de 1921. Começou a jogar pelos juvenis do Paysandu, em 1937. Em 1940 já fazia parte do selecionado paraense, quando trocou as cores do Bicolor pela Tuna Luso Comercial. Durante sete meses, Galego atuou pelo América de Recife. Quando retornou a Belém, foi contratado pelo Santa Cruz de Pernambuco, que o levou novamente a Recife. Após defender as cores do Santinha, Galego transferiu-se para o Maguari do Ceará, onde conquistou o bicampeonato invicto. Formou várias vezes a seleção cearense e acabou ingressando no Moto, quando o Maguari extinguiu o seu quadro de profissionais. Foi tricampeão maranhense pelo rubro-negro maranhense, o que fez aumentar ainda mais a sua fama de craque em todo o território nacional. E a comprovação veio quando falou-se em preparar um selecionado brasileiro para ir ao Equador, com jogadores do Rio Grande do Sul, Minas, Maranhão e Bahia, o nome de Galego foi um dos apontados.

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