segunda-feira, 30 de julho de 2012

Maranhão Atlético Clube, 80 anos


Por volta do dia 10 de setembro de 1932, uma reunião entre vários fundadores e torcedores do Sampaio Corrêa, numa residência na Rua São Pantaleão que funcionava como sede do clube, mostrou algumas dissidências entre fundadores e torcedores que, naquele tempo ainda se misturavam.
Na semana seguinte o clima já não era o mesmo, principalmente para Almir Vasconcelos, também conhecido como “Almir Lapinha”, pai de uma extensa prole que morava na Rua do Passeio, separada da São Pantaleão apenas pela Rua do Norte.


Almir – contam alguns mais antigos, que ouviram falar do problema através dos pais -, resolveu deixar o Sampaio Corrêa e, juntamente com outros dissidentes e “antipatizantes” da “bolívia” realizaram algumas reuniões em dias seguidos. No dia 24 de setembro, de 1932, uma plêiade de jovens fundava o Maranhão Atlético Clube. A história não registra com clareza os nomes desses jovens. Alguns, fazendo as vezes de historiadores, costumam acrescentar nomes que era impossível que estivessem reunidos na noite da fundação do Maranhão. Outros estavam presentes, mas não tiveram seus nomes lembrados pelos “historiadores”.
Pois, entre Almir Lapinha, Carlos Fernandes Dias (Napá), Jayme, Nestor e tantos outros – esses mesmos que a história não registra – foi tomando corpo a idéia da formação de uma diretoria para dirigir os destinos do clube recém-fundado. É também controversa (ou mal contada por quem não estava presente) a ligação do Maranhão Atlético Clube com o animal “BODE”. E, não pretendemos esclarecê-la aqui, agora, porque também não a conhecemos. Alguns querem juntar o bode com a Maçonaria, em virtude da ligação de alguns ex-atleticanos com a secular filosofia de vida e procedimento. Outros, aparentemente de forma equivocada, afirmam que, onde alguns jogadores costumavam fazer as refeições antes dos jogos (Bar do Gregório), o proprietário, de nome Gregório, criava um bode. Outros ainda asseguram que Gregório nem atleticano era. Mas tinha amigos entre os dirigentes do quadricolor e, num dia, incentivado, resolveu levar o bode para o estádio, quando o M.A.C. jogava. O quadricolor saiu de campo vitorioso e alguns resolveram afirmar que o bode dera sorte. O bode do Gregório. Daí, para Bode Gregório foi um salto muito curto e rápido. O fato, entretanto, é que o Maranhão Atlético Clube, também conhecido por M.A.C., quadricolor maranhense, time das quatro cores, Bode Gregório e mais recentemente “Machão da Ilha”, numa corruptela de “Macão”, completa 80 anos de glórias em 2012. Com a feliz proeza de ser o “segundo time” de bolivianos e motenses, o Maranhão Atlético Clube, como de resto todo o futebol profissional maranhense, não atravessa uma fase que sequer se aproxime dos tempos gloriosos de Nicolau Duailibe, Raymundo Silva, Olímpio Guimarães, Nonato Oliveira, Carlos Augusto da Fonseca Mendes, Coronel José Ferreira Goulart, Raul Guterres, Carlos Guterres.


 Formação do Maranhão Atlético Club pouco tempo depois da sua fundação. À frente aparece o goleiro Dico, ao lado de Alfredo e Enes. No centro, vemos Vicente Rêgo, Bonbon e Chaveta. Atrás aparecem Bibi, Amintas, (desconhecido) e Driblador.

 Em 1935, o MAC já estava mais forte. Na foto, tirada no dia 5 de Outubro de 1935, em partida amistosa contra o Paysandu (PA), temos a seguinte formação: em pé - Dico, Belga, Mozabá, Adolfo, Clarindo, Orelha, Grajaú e Amado; agachados - Bibi, Maçaricão, Antônio, Augusto, Fatiguê Driblador.

Hino do Maranhão

Maranhão Atlético Clube
O teu nome é virtude, é luta é grandeza é emoção.
Maranhão bandeira do norte, do nosso esporte és uma consagração.
Maranhão a tua história, em nossa memória sempre há de existir.
Demolidor de cartazes, com os seus onze azes é um astro a aluzir.
Pelas taças que já conquistaste, as contendas que ganhaste, o seu nome cresceu.
És Maranhão esquadrão de quatro cores, reunindo a luz
E a graça de Deus

 
Hino do MAC


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