sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sampaio Corrêa e o escândalo Pablito em 1980

O Campeonato Maranhense de 1980 apresentava, além das tradicionais equipes, como MAC, Moto, Imperatriz, São José e Boa Vontade, uma novidade: o Ajax, da cidade de Pindaré. A Bolívia Querida, treinada pelo experiente Nelson Gama, foi campeã com a seguinte base: Alexandre, Tereso, Ernesto, Everaldo e Celso; Rosclin, Pablito e Maia. Fernando, Cabecinha e e Bimbinha. O Sampaio realizou 24 jogos, com 13 vitórias, 8 empates e apenas 3 derrotas. A equipe marcou 51 gols e sofreu 13. O Sampaio Corrêa, mesmo sendo vítima de escândalos desportivos ao longo da sua história, tem sido acusado como o clube mais beneficiado pelas armações. Uma delas deu-se quando das disputas do triangular decisivo ao Campeonato Maranhense de 1980, firmando-se como uma verdadeira polêmica à época segundo relatos. O escândalo ficou por conta do atleta Pablito, do Sampaio Corrêa, julgado pelo no dia 27 de novembro de 1980 pelo Tribunal de Justiça Desportiva e suspenso por três jogos, mas que atuou tranquilamente contra maqueanos e motenses, em decorrência do clube não ter sido avisado nem pelo TJD tampouco pela FMD. A Federação Maranhense de Desportos interpretou o fato de acordo com o interesse do Sampaio Corrêa, afirmando que o clube não havia comparecido à sessão, motivo pelo qual a agremiação não fora comunicada oficialmente antes dos jogos.

Sem a comunicação da Federação ou do TJD, os dirigentes do Sampaio Corrêa lançaram Pablito nas duas partidas finais do triangular, se baseando no Art. 100 da CBD que diz textualmente, que o jogador e o Club terá que ser comunicado oficialmente, quando for punido pelo Tribunais de Justiça, pois só sabiam da punição através da imprensa. Para tal fato, o presidente da Federação, senhor Emílio Biló Murad, justificou que o julgamento havia acontecido na sexta-feira à noite, e no sábado não há expediente na FMD, o que dificultou então a comunicação oficial ao Sampaio.

Sobre o fato, é interessante ressaltar os motivos, articulados pela Federação Maranhense de Desportos em conjunto com o próprio Sampaio Corrêa: era uma sexta-feira, o Sampaio foi orientado sutilmente para não ser representado, muito menos o jogador se fazer presente. No dia seguinte, quando ninguém esperava, Pablito apareceu para enfrentar o MAC. Houve protestos, mas oficialmente o Sampaio não havia sido comunicado. O presidente do TJD não estava no estádio. O time venceu e Pablito também jogou domingo contra o Moto, empatou e o Tricolor foi campeão.





FICHA DO JOGO

Sampaio Corrêa 1x1 Moto Club
Data: 30 de novembro de 1980
Loca: Estádio Nhozinho Santos
Juiz: Lercilio Estrela
Público: 11.162 pagantes
Gols: Celso Alonso (Sampaio Corrêa) e Luís Carlos (Moto Club)
Sampaio Corrêa: Alexandre, Tereso, Ernesto, Everaldo e Celso Alonso; Rosclin, Pablito (Marcelo) e Maia (Zé Ivan); Fernando, Cabecinha e Bimbinha. Técnico: Nelson Gama.
Moto Club: Marcelino, Nascimento, Beto, Irineu e Luís Carlos; Tião, Beato e Edésio; Vicentinho (Gabriel), Adeilton e Alberto. Técnico: Marçal Tolentino Serra.

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